quarta-feira, 28 de agosto de 2019


QUERO ME EXONERAR DA FIANÇA. COMO FAZÊ-LO?
(Ivan Pegoraro)

  



 
         A fiança prestada para alguém sempre envolve uma dose importante de relacionamento. Ou é parente ou amigo chegado ou mesmo alguém que trabalha contigo. É impossível negar o pedido.  Mas agora a situação se alterou e você sente que é momento de se afastar daquela fiança prestada. Como fazer isso?   Aqui em um linguajar simples vamos conduzi-lo aos caminhos da exoneração. Primeiramente é preciso analisar o contrato de locação. Na maioria esmagadora desses instrumentos consta a vinculação até entrega das chaves. Mas esta condição não afasta a possibilidade de se exonerar. Enquanto o contrato estiver vigorando dentro do seu prazo inicial, exemplo de 15/10/2018 até 15/10/2019 isso não é possível.  Mas a partir do momento em que a ocupação se torna por prazo indeterminado, o desligamento da fiança pode ser solicitado a qualquer momento, bastando que o fiador encaminhe uma notificação para o locador ou para  imobiliária constando simplesmente que a partir do recebimento do aviso, não mais estará afiançando para o inquilino. Pronto, cumprida esta parte sua responsabilidade permanece apenas por mais 120 (cento e vinte dias), findo os quais, automaticamente você não mais responderá pelas obrigações contratuais. É lei 8245/91 em seu artigo 40, item X,  que estabelece este prazo mínimo. Como fazer a notificação?  Simples também. Vá até o correio e peça para encaminhar um telegrama com cópia confirmatória de entrega. No texto do comunicado apenas conste que a partir do recebimento dele você não mais estará afiançando a pessoa da locatária tal. Situação resolvida. Sua aflição terminou.


sábado, 17 de agosto de 2019



A  MÃE  E  A  AVÓ  DA  PRIMEIRA  DAMA
 E OS  SEGREDOS  DE  CADA  UM
(Ivan Pegoraro)




A Revista Veja trouxe reportagem policialesca envolvendo o passado da mãe e da avó da Primeira Dama Michelle Bolsonaro. A primeira por falsificação de registro civil e a segunda presa por tráfico de drogas. O tema é muito interessante sob o prisma dos segredos de cada um de nós. O que pretendeu esta revista a qual cancelei minha assinatura há mais de um ano, obter com esta malsinada reportagem? O que ela atinge a Primeira Dama e o seu marido, Presidente da República?  Absolutamente nada já que se foi o tempo bíblico em que os parentes pagavam pelos crimes de outros cometidos injustificadamente. A mencionada Revista chegou ao fundo do poço e com isso permite que façamos algumas meditações a respeito.  Na teoria da honestidade, probidade, retidão ou decência, dificilmente você encontrará alguma família onde algum dos seus membros – descendentes,  ascendentes ou colaterais – não arranhem ou tenha arranhado um dos adjetivos acima durante sua convivência entre eles. E nem por isso outros membros da estirpe devem sofrer as consequências pelos atos desavergonhados daquele que o praticou. Ter vergonha no exterior de um presidente que roubou, não faz de mim um criminoso como ele. O que quero dizer é que não é suficiente esfregar as mãos de prazer ao ler aquela reportagem, sem que se  faça antes um ato de constrição, silencioso e muito pessoal para verificar se nas ligações dos teus membros não tem também quem praticou ou pratica atos que beiram o crime organizado, o estelionato ou outros atos delinquentes que ficam apenas no balbuceio daqueles que comentam na sombra das portas de cada família. Acredito que existam famílias que passam ao largo dessas escorregadas do delito. Mas afirmar categoricamente que todos os seus membros são absolutamente isentos de qualquer delito, é desvendar os segredos de cada um. Duvido que você conheça a intimidade e a privacidade de cada um deles.










sábado, 10 de agosto de 2019

A ASSASSINA SOLITÁRIA
(Ivan Pegoraro)

Manobra de Heimlich
Folha de Louro


Eu, primeiro a Direita e alguns amigos do Padell.

O almoço começa as 12:20hs. Naquele dia nem a esposa havia chegado, tão pouco o filho mais velho com a noiva que sempre compartilham a mesa durante a semana.  Ao meio dia e trinta, sozinho, foi servida a mesa pela funcionária, consistindo o fausto em salada, costelinha de porco com lentilha e arroz. O aroma era inebriante; na primeira garfada o sabor foi emocionante até. A costelinha se desmanchava, e após a primeira, a segunda garfada, bem mastigada. De repetente, com um salto ele percebeu o inicio de um terremoto. Trovões insanos encheram aquele silencio. Ateve-se que os sons eram provocados pela sua própria garganta, e o terremoto pelos movimentos desprovidos de sequencia de seu próprio corpo. A funcionária praticamente desmaiou ao lado. Um osso. Um osso em sua garganta!!!! Mas ainda podia respirar!!!! Ainda bem. Liga para a portaria. “– Qual o apartamento do Dr. Mauricio? “ . Não está. Liga de novo para a portaria, voz engasgada e entrecortada. “ – Qual o apartamento do Dr. Roberto?”  Liga e pede socorro, felizmente ele se preparava para almoçar. Entre Roberto chegar ao  apartamento da vítima  acompanhado de Nádia, enfermeira profissional, esposa de Mauricio que percebeu que algo estava ocorrendo, adentra ao apartamento o filho mais velho e a noiva.  O pai esta vermelho e desesperado. O filho que também é mergulhador de águas profundas e conhece primeiros socorros, pega o pai por trás e aplica a manobra de Heimlicih.  Por meio desta intervençao se ajuda uma pessoa, de qualquer idade,  se livrar de um objeto queficou preso na garganta, ou traquia. Usam-se as mãos para exercer forte pressão no musculo do diafragma que, pela compressão dos pulmões, induzirá a uma tosse artificial, um movimento que expulsará o objeto. .  Roberto e Nádia adentram ao apartamento, mas o objeto não foi expulso. Acalmam o personagem, percebendo que ele está respirando bem. Diz Roberto que diante das circunstâncias, com respiração ainda que difícil, e sem equipamento, não seria recomendável qualquer intervenção inapropriada naquele momento. Poderia provocar a interrupção total da respiração.  Saca seu telefone e liga para um colega também médico especialista nesse tipo de situação. O colega em meio ao seu almoço orienta. Direto para a clínica.  Todos se dirigem para o local. Na saída da garagem a esposa chega. –O que está acontecendo?”  Diz o filho que depois conversa. Nádia fica para trás e explica o que ocorre. Na clínica se tentou um endoscopia sem anestesia. A reação foi como ser expulso da boca do vulcão. Impossível. Em seguida, uma picada e após um breve sono, o despertar suave ao lado das pessoas queridas e sem o instrumento na garganta, na verdade uma folha de louro. Isso mesmo, não era osso, era uma folha de louro.  A esposa e a amiga levam o personagem de volta para casa que dorme o sonho dos anjos até as 20:00hs. Mais tarde se soube que o engasgo com a folha de louro é muito mais frequente do que se pensa. É extremamente perigoso principalmente para as crianças e também adultos. São folhas grossas e secas que facilmente se prende no interior da garganta causando asfixia. Deve-se usar o pó, ou eliminar as folhas de sua dieta. E não confiei em ninguém que vá usá-la no tempero, mesmo afirmando que vai retirá-la ao servir. É um perigo, latente e presente. Agora fico aqui a pensar em todos aqueles que me ajudaram, afinal o personagem sou eu. Amigos presentes naquele momento e aqueles que se preocuparam depois. Viver em comunidade é assim. Principalmente se dando bem com todos.  Mas a folha de louro, é uma assassina solitária. Isso é. E com ela.... quase que iria deixar de jogar Padel  com meus companheiros antes da hora. Obrigado amigos.




sábado, 3 de agosto de 2019



A  MUTAÇÃO
(Ivan Pegoraro)


Apertei os olhos para reconhecer.  Mas não tinha certeza se o conhecia. Quantos anos haviam se passado desde então; naquela época marcas não havia. Nem surpresa. Nem nada. O mundo naquele ciclo estava para ser descoberto, assim como a sua própria vida se mostrava pronta para aquela jornada sem fim. Mas, eu conheço esta pessoa, certeza que já estive como ela;  lhe fiz companhia e recebi a sua presença. Mas onde exatamente houve a mudança???  Não percebi, mas a reconheço.  Novamente apertei os olhos para reconhecê-lo; aquela presença assustada, mas tranquila porque me pareceu bondosa e calma. Incrível como o tempo passa e aqui, neste momento, sozinho não sou capaz de reconhecer a sua velocidade.   Pareceu-me inadequada – a velocidade - diante de tantos percalços da vida. Esta estrada deveria ser mais longa, mais serena e com menos obstáculos e atribulações. Passei a mão naquele rosto. Virei a face de um lado a outro tentando compreender a mudança. Aproximei-me o mais que pude daqueles olhos. Quase cheguei a tocá-los e me afastei de abrupto. A imagem se embaçou diante dos meus olhos. Com a toalha rapidamente limpei aquele embaçamento, penteei os cabelo e saí !!!!

quinta-feira, 1 de agosto de 2019


A SOMBRA E O TEMPO
(Ivan Pegoraro)





Ao ver uma foto postada pela amiga Raquel Moretto, imediatamente fiquei a pensar sobre a sombra e o tempo. Que melodia de sonhos pode conectar um ao outro? Depois de meditar em busca da relação passei a supor que a sombra vive conosco desde que nascemos até quando passamos à outra dimensão. Nos momentos mais amargos e dolorosos de nossa existência, temos a companhia dela a nos acompanhar, jamais permitindo que estejamos sozinhos. A sombra nos consola e nos dá o apoio que precisamos nesses momentos amargos, porque nos fala em seu silêncio insistindo que estamos aqui, vivos a contemplar o passado. O tempo... assim como a sombra não nos abandona jamais. Mas há uma diferença entre ambos. O tempo, afasta de nós lentamente, até de modo imperceptível a presença física daquele que se foi, e vai transformando a sua imagem como se estivesse assim em meio a neblina numa noite fria de inverno carregado. Mas o tempo -  ao contrário da sombra que apenas nos acompanha solitária e calada – este  (o tempo)traz consigo companhias perenes, como a lembrança, a memória e principalmente a dor. A sombra fica; o tempo se desvanece.  Assim, depois de ver a foto consegui decifrar o que ela significava. Mais do que tristeza do momento a foto me mostrou a presença de quatro elementos; eles, a sombra o tempo este acompanhado de sua inegável presença. A saudades!!!!