SUZY E
O VERDUGO
(Ivan Pegoraro)
Brasil não tem pena capital, exceto em caso de
guerra declarada. Mas será vergonhoso admitir que não tenhamos em condições específicas
ter desejado a sua existência para condenar determinados agentes de crime a
responder com sua vida pelo desatino praticado. O tema é de difícil embate e
cremos jamais termos a certeza de quanto é válido aplicar a pena de Talião para
esses monstros desnaturados que tanto mal fazem, principalmente para inocentes
e vulneráveis. A lei de Talião como já tive oportunidade anteriormente de
comentar também dita pena de Talião, consiste na rigorosa reciprocidade do
crime e da pena — apropriadamente chamada retaliação. A perspectiva da lei de
talião é o de que uma pessoa que feriu outra pessoa deve ser penalizada em grau
semelhante, e a pessoa que infligir tal punição deve ser a parte lesada. Com
certeza hoje não se justifica isso, qual seja aquele que matou, deveria também
morrer. Mas será pura ironia querer afirmar que isso não passa pela cabeça do
simplório mortal, quando se toma conhecimento, por exemplo do personagem Susy,
hoje mulher, e homem quando estrangulou, estuprou, matou e escondeu o corpo que
um menino de 9 anos de idade para satisfazer suas bestialidades infernais. Julgado e condenado cumpre pena desde 2010 e
foi personagem principal de uma reportagem no Fantástico da Rede Globo de
Televisão, no último domingo dia 1º/03/2020, por ser um indivíduo que nunca
recebeu visita.
E para coroar esta falta de sensibilidade do seu entrevistador,
Dr. Dráuzio Varela, recebeu ao final um abraço de confraternização que fez todo
mundo, quase chorar de piedade. Ora, o Estado paga a manutenção e estadia deste
miserável num complexo de internamento e se não recebe visitas é porque todos
que o conhecem, sabe certamente, que se trata de um monstro, destituído de
controle e imbuído de todos os acessos incontroláveis que o qualificam sem
nenhuma dúvida para residir não aqui entre os seus, homo sapiens, e sim no inferno que é o seu lugar. Mas não.
A justiça o condenou para um tempo relativo e limitado, e quando vencido
este tempo com os benefícios do trabalho que realiza no cárcere e outros
elementos, voltará ao convívio dos humanos normais, pronto como a besta que é
para praticar novos atentados. Esse tipo
de gente não tem solução. Eles não se curam. Pedófilo será pedófilo sempre e se
tiver oportunidade não limitará seu avanço, certamente atacando novas crianças
desavisadas ou em situação de risco. Essa
tal de Susy, cujo nome primário era Rafael Tadeu de Oliveira Santos deveria
estar cumprindo pena no inferno, pois é lá o seu lugar. E quanto ao Dr. Dráulio Varela, vou lhe dar o benefício da singela dúvida. Mas é difícil acreditar que
não tenha investigado; investigado não, simplesmente pesquisado o que teria
feito esta tal de Susy por estar cumprindo pena. Não se admite que se faça de um bandido,
assassino, estuprador e pedófilo um herói nacional que adentrou nas casas de
milhões de brasileiros, merecendo a misericórdia de outros tantos. Ora senhores, até a misericórdia tem limites,
porque este fato não aconteceu com um filho seu; um neto seu; um parente
seu. A lei de Talião não se pratica fora
das prisões. Mas se pratica sim em seu
interior. Vamos ver se este maléfico bandido vai sobreviver a esta reportagem
da Rede Globo. Talvez, a Globo abordando
o tema como o fez, tenha acordado os verdugos que também habitam aquele espaço.
Vamos ver o que vai acontecer.
Todo o respeito conquistado por este médico foi pro ralo. Ronaldinho Gaucho está no mesmo caminho.
ResponderExcluir