domingo, 8 de março de 2020

SUSY E O VERDUGO


SUZY E O VERDUGO
(Ivan Pegoraro) 





 Brasil não tem pena capital, exceto em caso de guerra declarada. Mas será vergonhoso admitir que não tenhamos em condições específicas ter desejado a sua existência para condenar determinados agentes de crime a responder com sua vida pelo desatino praticado. O tema é de difícil embate e cremos jamais termos a certeza de quanto é válido aplicar a pena de Talião para esses monstros desnaturados que tanto mal fazem, principalmente para inocentes e vulneráveis. A lei de Talião como já tive oportunidade anteriormente de comentar também dita pena de Talião, consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena — apropriadamente chamada retaliação. A perspectiva da lei de talião é o de que uma pessoa que feriu outra pessoa deve ser penalizada em grau semelhante, e a pessoa que infligir tal punição deve ser a parte lesada. Com certeza hoje não se justifica isso, qual seja aquele que matou, deveria também morrer. Mas será pura ironia querer afirmar que isso não passa pela cabeça do simplório mortal, quando se toma conhecimento, por exemplo do personagem Susy, hoje mulher, e homem quando estrangulou, estuprou, matou e escondeu o corpo que um menino de 9 anos de idade para satisfazer suas bestialidades infernais.  Julgado e condenado cumpre pena desde 2010 e foi personagem principal de uma reportagem no Fantástico da Rede Globo de Televisão, no último domingo dia 1º/03/2020, por ser um indivíduo que nunca recebeu visita. 

E para coroar esta falta de sensibilidade do seu entrevistador, Dr. Dráuzio Varela, recebeu ao final um abraço de confraternização que fez todo mundo, quase chorar de piedade. Ora, o Estado paga a manutenção e estadia deste miserável num complexo de internamento e se não recebe visitas é porque todos que o conhecem, sabe certamente, que se trata de um monstro, destituído de controle e imbuído de todos os acessos incontroláveis que o qualificam sem nenhuma dúvida para residir não aqui entre os seus, homo sapiens,  e sim no inferno que é o seu lugar.  Mas não.  A justiça o condenou para um tempo relativo e limitado, e quando vencido este tempo com os benefícios do trabalho que realiza no cárcere e outros elementos, voltará ao convívio dos humanos normais, pronto como a besta que é para praticar novos atentados.  Esse tipo de gente não tem solução. Eles não se curam. Pedófilo será pedófilo sempre e se tiver oportunidade não limitará seu avanço, certamente atacando novas crianças desavisadas ou em situação de risco.  Essa tal de Susy, cujo nome primário era Rafael Tadeu de Oliveira Santos deveria estar cumprindo pena no inferno, pois é lá o seu lugar. E quanto ao Dr. Dráulio Varela, vou lhe dar o benefício da singela dúvida. Mas é difícil acreditar que não tenha investigado; investigado não, simplesmente pesquisado o que teria feito esta tal de Susy por estar cumprindo pena.  Não se admite que se faça de um bandido, assassino, estuprador e pedófilo um herói nacional que adentrou nas casas de milhões de brasileiros, merecendo a misericórdia de outros tantos.  Ora senhores, até a misericórdia tem limites, porque este fato não aconteceu com um filho seu; um neto seu; um parente seu.  A lei de Talião não se pratica fora das prisões.  Mas se pratica sim em seu interior. Vamos ver se este maléfico bandido vai sobreviver a esta reportagem da Rede Globo.  Talvez, a Globo abordando o tema como o fez, tenha acordado os verdugos que também habitam aquele espaço. Vamos ver o que vai acontecer.




Um comentário:

  1. Todo o respeito conquistado por este médico foi pro ralo. Ronaldinho Gaucho está no mesmo caminho.

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